Mostrar mensagens com a etiqueta Pobreza. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Pobreza. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, agosto 25, 2008

Ana Carolina - Nada te faltará



Pra onde vamos
As vans, carros e bicicletas?
Certezas avessas
Comércio de guerra
Legado de merda

Mais de um bilhão de chineses
Marchando sem deuses
E outros descalços
Fazendo sapatos
Pra nobres e ratos

Sobe do solo
A nuvem de óleo com cheiro
De enxofre queimado
Fudendo com os ares
E outras barbáries

Quero mudança total
Uma idéia genial
A ciência e o amor
A favor do futuro
Quero o claro no escuro

Peço paz aos filhos de abraão
Quero gandhi na melhor versão

E nada vai me faltar, e nada te faltará
E nada vai me faltar, e nada te faltará

Pra onde seguem os barcos?
Os homens, suas trilhas
Seus filhos e filhas
No pau da miséria?
Um pico na artéria

As mulheres pedintes perdidas
Que já quase loucas
Dividem o frio da noite
Com as drags
As mães e os "carregues"

Meninas sangrando na boca
E no meio das pernas
No meio da noite
Tomando cacete
Sem dente, sem leite

Quero respeito
Os humanos direitos
Fazendo pensar os pilares
De uma nova era
Que não seja quimera

Peço paz aos filhos de abraão
Quero gandhi na melhor versão

E nada vai me faltar, e nada te faltará
E nada vai me faltar, e nada te faltará



Ana Carolina (Letrista, cantora, compositora brasileira, 1974- )

domingo, agosto 12, 2007

Euphrase Kezilahabi - El hombre pobre



El hombre pobre sacrificó miles de hormigas
Para su última cena.
Vivas, aún sin masticar
Ellas entran y salen
Con pedazos de carne
De su boca ampliamente abierta.
Él murió de hambre antier.
Cada transeúnte le arroja una hoja verde
Para evitar la maldición
Pues será enterrado por el ayuntamiento
Bajo ningún nombre.




Traducción desde el inglés por Raúl Jaime

Euphrase Kezilahabi (Poeta da Tanzânia, 1944- )

Biografia de Euphrase Kezilahabi