segunda-feira, setembro 01, 2008

Jean Narciso - Charuto Cubano



Agradeço ao Jean Narciso os poemas que enviou para o meu mail. Foi um prazer conhecer a sua escrita. Hoje publico o Charuto Cubano.



Fidel Castro (Autor Desconhecido)


A história fuma charuto cubano
Em minha Havana
Eu sou meu comandante-chefe
Mil ventos anunciam falcões
Em direção a minha ilha
Não temo, sou fiel.
Castro qualquer persona.
Minha Havana é maior que Bagdá.



Jean Narciso (Poeta Brasileiro, 1980- )


Pela mão do autor este é um resumo da sua BIOGRAFIA:

Jean Narciso Bispo Moura nasceu na cidade de São Félix, no estado da Bahia, no dia trinta e um de Outubro de mil novecentos e oitenta, radicado em São Paulo, formou-se em pedagogia e filosofia e especializou-se em educação. Reside na grande São Paulo, no município de Itaquaquecetuba. O autor tem dois livros publicado A lupa e sensibilidade (2002) e Setenta e cinco osso para um esqueleto poético (2005). É casado e professor de Filosofia da rede estadual paulista. www.anedotabulgara.blogspot.com


4 comentários:

Tentativas Poemáticas disse...

Olá Susana
O seu blogue é lindo e muito interessante. Parabéns. Verifiquei que temos várias coisas em comum, destacando a Segurança e H. no Trabalho e a poesia. Relativa/ à admiração por David M. Ferreira vou tomar a liberdade de enviar p/seu E-mail um poeminha que dediquei a esse grande poeta por ocasião do seu falecimento.
Se quiser ter a gentileza de passar pelo meu blogue dê a sua opinião. Ob. Bj. Tó

Jean Narciso Bispo Moura disse...

Olá, Suzana,

O seu blog é maravilhoso, fiquei bastante feliz com o seu comentário e a publicação do meu texto.Confesso que ficou ótimo o retrato do Fidel Castro fumando charuto, ilustrou muito bem o poema.

Abraço,
Jean Narciso

Anónimo disse...

O Poeta se Apresenta
“Ser poeta é a minha maneira de chorar escondido/ nessa existência estrangeira em que me tenho havido”.
“Fugi do colégio interno/ fugi do quartel inferno/ fugi da ditadura de gravata/ farda, togas e terno/ e assim poeta moderno/ me descobri/ Ser Humano sem pedigree.”
“Que o bom Deus me proteja/ mas não tem remédio/ prefiro morrer de poesia e cerveja/ mas não de tédio”.
“Fujo de casa/ para o trabalho/ Fujo do trabalho/ para a escola./ Fujo da escola/ para a poesia./ Na poesia sou/ íntima fuga./Ponto de liga/ alma sem ruga. / A casa, a escola, o trabalho/ que fuga me sou? Se sempre me levo comigo/ para onde me vou?/.
“Quando quero estar um pouco a sós comigo /esqueço, desligo/ e tomo uma cerveja gelada…”
“ Nunca amei ninguém/ que fosse parecido comigo/ até porque persigo paz./ e não esconderijos./ nunca amei ninguém/ com medo de ser oásis.”.
“ A luz que me desce agora,/ é luz dentro que não se vê fora./ Fora a sombra cresce, agride, cora,/ enquanto a luz de dentro impera e mora”.
“A carrocinha do padeiro/ tem um buraquinho bem no meio/ e vai semeando andorinhas/ atrás do farelo de pão”
“Minha mãe fritava polenta/ e convidava a aurora para o banquete.”
“A cebola nossa de cada dia/ nos daí hoje/ para que choremos cotidiana poesia/ (nos ninhais de selvagem alquimia)/que sempre nos foge.”
“Sempre fui muito sozinho/ abandonaram-me quando nasci./ Minha pobre mãe deixou/ que eu existisse. / Hoje acostumei-me a ser sozinho/ abandonei-me em mim./ Acho que eu mesmo fui minha mãe./ não sei nunca mais deixar de ser sozinho assim./ Fiquei refém de eterno abandono./ - Mãe, tende piedade de mim!”
“Eu sou assim./ Uma noite mascarada de dia./ E de noite um córrego borboleteando Poesia./Tomo essência das coisas como elas são./ E, relendo-as, completo-me em suprema inteiração.”
“A mosca encontrou um garçom/ cheirando a detefom/ dentro da sopa”.
“O telefone toca/ e eu fico ligado/ preocupado/ assustado. / Em casa não tem telefone/ E eu sou só um número errado”
“ Estive em Itararé/ e não me lembrei de ninguém./ Porque quem não está em Itararé/ está sem.”
“ Deixei meu coração em Itararé/ na periferia cor-de-rosa da Vila São Vicente/ / Ali sob um flamboyant florido/ Ainda pulso, viço e glorifico a vida/ / Deixei meu coração em Itararé/ À beira do rio verde entre pinheirais/ /A criança triste que eu tenho sido/ É essa distância de cavaleiro boêmio./ /Deixei meu coração em Itararé/ Sob a lua caipira da Praça Coronel Jordão./ Deus sabe o quanto tenho sofrido, / procurando uma estrela nova no céu./ Deixei meu coração em Itararé/ e corro atrás de uma estrada que não existe./ Talvez por isso eu seja um poeta triste, buscando a criança que me perdi de ser./”
Os versos foram extraídos de Porta-Lapsos, livro do amigo poeta Silas Corrêa Leite.
Maria Apparecida S.Coquemala (Maria-13@uol.com.br) - Itararé-SP

Anónimo disse...

O Poeta se Apresenta
“Ser poeta é a minha maneira de chorar escondido/ nessa existência estrangeira em que me tenho havido”.
“Fugi do colégio interno/ fugi do quartel inferno/ fugi da ditadura de gravata/ farda, togas e terno/ e assim poeta moderno/ me descobri/ Ser Humano sem pedigree.”
“Que o bom Deus me proteja/ mas não tem remédio/ prefiro morrer de poesia e cerveja/ mas não de tédio”.
“Fujo de casa/ para o trabalho/ Fujo do trabalho/ para a escola./ Fujo da escola/ para a poesia./ Na poesia sou/ íntima fuga./Ponto de liga/ alma sem ruga. / A casa, a escola, o trabalho/ que fuga me sou? Se sempre me levo comigo/ para onde me vou?/.
“Quando quero estar um pouco a sós comigo /esqueço, desligo/ e tomo uma cerveja gelada…”
“ Nunca amei ninguém/ que fosse parecido comigo/ até porque persigo paz./ e não esconderijos./ nunca amei ninguém/ com medo de ser oásis.”.
“ A luz que me desce agora,/ é luz dentro que não se vê fora./ Fora a sombra cresce, agride, cora,/ enquanto a luz de dentro impera e mora”.
“A carrocinha do padeiro/ tem um buraquinho bem no meio/ e vai semeando andorinhas/ atrás do farelo de pão”
“Minha mãe fritava polenta/ e convidava a aurora para o banquete.”
“A cebola nossa de cada dia/ nos daí hoje/ para que choremos cotidiana poesia/ (nos ninhais de selvagem alquimia)/que sempre nos foge.”
“Sempre fui muito sozinho/ abandonaram-me quando nasci./ Minha pobre mãe deixou/ que eu existisse. / Hoje acostumei-me a ser sozinho/ abandonei-me em mim./ Acho que eu mesmo fui minha mãe./ não sei nunca mais deixar de ser sozinho assim./ Fiquei refém de eterno abandono./ - Mãe, tende piedade de mim!”
“Eu sou assim./ Uma noite mascarada de dia./ E de noite um córrego borboleteando Poesia./Tomo essência das coisas como elas são./ E, relendo-as, completo-me em suprema inteiração.”
“A mosca encontrou um garçom/ cheirando a detefom/ dentro da sopa”.
“O telefone toca/ e eu fico ligado/ preocupado/ assustado. / Em casa não tem telefone/ E eu sou só um número errado”
“ Estive em Itararé/ e não me lembrei de ninguém./ Porque quem não está em Itararé/ está sem.”
“ Deixei meu coração em Itararé/ na periferia cor-de-rosa da Vila São Vicente/ / Ali sob um flamboyant florido/ Ainda pulso, viço e glorifico a vida/ / Deixei meu coração em Itararé/ À beira do rio verde entre pinheirais/ /A criança triste que eu tenho sido/ É essa distância de cavaleiro boêmio./ /Deixei meu coração em Itararé/ Sob a lua caipira da Praça Coronel Jordão./ Deus sabe o quanto tenho sofrido, / procurando uma estrela nova no céu./ Deixei meu coração em Itararé/ e corro atrás de uma estrada que não existe./ Talvez por isso eu seja um poeta triste, buscando a criança que me perdi de ser./”
Os versos foram extraídos de Porta-Lapsos, livro do amigo poeta Silas Corrêa Leite.
Maria Apparecida S.Coquemala (Maria-13@uol.com.br) - Itararé-SP