quarta-feira, junho 18, 2008

Paulo Afonso Ramos - Poema Imperfeito



Num fogo rendilhado
entre as brumas e ventos
deixei perdidos os meus momentos
ficaram caídos, esquecidos nos meus dias.
Perdi-me nas aguarelas
entre pincéis e telas
dos poeirentos quadros
entre apertos e alegrias
em que me deixei seduzir
entre estéreis estrias.

Ainda assim, refeito, volto
renovado e sem amarras
para recomeçar o meu caminho.
Nem que lute sozinho
com as minhas garras
sem que tu, imperfeição, que me agarras
possas travar-me, impedir.
Trago-vos um recado
que é este poema sem pecado, inacabado
é dentro dele que vou sempre existir.



Paulo Afonso Ramos (Poeta Português que publica aqui)

2 comentários:

bsh disse...

Adorei.

Parabéns.

http://desabafos-solitarios.blogspot.com/

Susana B. disse...

Obrigada Bill. Irei visitar o seu blog. Um abraço