Alexandre O'neill - Há palavras que nos beijam
Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Alexandre O'neill (Poeta português, 1924-1986)
5 comentários:
Grande momento que é este poema fabuloso. Lindo.
Parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido neste blogue, cuja leitura, já é obrigatória.
Um beijo de agradecimento e de parabéns
Obrigado
Olá Susana
Enviei um comentário ao Paulo Ramos, que acabei de conhecer no seu blogue. Perdoe-me o furto.
Tenho uma surpresa para si no meu blogue: Contos da Guerra Colonial.
:)Tó
Paulo,
Obrigado por voltar sempre.
António,
já li o seu conto. Muito bom. Digamos que fiquei chocada sem o ficar. Já conhecia histórias de guerra semelhantes e durante a tese construi à minha volta uma "capa" que me defende psicologicamente destas descrições (tive que a construir de outra maneira não conseguiria ser isenta), mas fazem-nos questionar sempre o bom e o mau que há em todos nós. Fazem-nos questionar em que momentos é que cada um deles se revelam. Em que momentos é que eu serei boa? Em que momentos é que eu serei má/cruel...e será que existe meio-termo?
Um abraço aos dois.
Susana B.
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